As energias renováveis são um caminho promissor para a economia de seus países. As projeções mostram que nesse ramo estão os postos de trabalho de um futuro muito próximo. O setor de energia solar, por exemplo, promete gerar 100 mil novos empregos diretos e indiretos no Brasil até 2020. A produção fotovoltaica cresceu 70% em todo o mundo nos últimos dois anos e o objetivo é atingir 23% em participação de fontes renováveis na matriz energética até 2030 no país. A utilização desta energia sustentável por construções menores, como residências e estabelecimentos comerciais, é uma realidade cada vez mais próxima dos brasileiros. Desde que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a Resolução Normativa (n° 482), em 2012, o número de conexões subiu de quatro, em dezembro de 2012, para 7.658 ligações em janeiro de 2017. A Normativa estabeleceu condições gerais para o acesso de micro e minigeração aos sistemas de distribuição e compensação de energia elétrica. Em Santa Catarina existem 543 sistemas instalados até o início de maio de 2017, sendo 40 somente neste ano. A Capital Florianópolis é o município com maior número de sistemas. A energia solar é a preferida entre as opções renováveis para geração de energia elétrica. Das mais de 10 mil unidades de geração distribuída 9,9 mil são usinas fotovoltaicas, de acordo com a Aneel. Estes sistemas estão cada vez mais acessíveis, a redução dos custos dos equipamentos de energias renováveis é um dos motivos para o aumento do interesse nesta modalidade de geração de energia. Na última década, houve redução de 70% no valor de aquisição da energia solar. Este número gera, ainda, outro dado positivo: o tempo de retorno do investimento reduziu também. Se antes esta espera era de 25 anos, agora, ela dura, em média, oito. Além do que vivemos em um país com abundância de recursos naturais e que necessitam ser mais bem aproveitados. Na Alemanha, líder mundial em consumo de energia solar, o inverno é muito mais intenso e a incidência de raios solares é bem menor que no Brasil. Outro benefício é que se o consumo da unidade for menor do que a energia gerada, pode ser entregue à companhia de luz e utilizada posteriormente em forma de crédito na conta de luz. A economia pode ser de até 95% nas contas de energia elétrica.
Gilberto Vieira Filho, engenheiro e presidente da Quantum Engenharia
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