Por Dr. Flavio A. Quilici
Presidente da Federação Brasileira de Gastrenterologia
Um documento da World Cancer Report , com respaldo da International Agency for Research on Cancer (Iarc), e da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata o câncer como uma doença que pode ser considerada um problema de saúde pública mundial. Atualmente mais de 8 milhões de pessoas morrem por ano por causa do câncer em todo o mundo e o problema se agrava nos países em desenvolvimento por falta de políticas de saúde públicas para tratar a doença. Só em 2016, segundo o INCA – Instituto Nacional do Câncer, o Brasil registrou mais de 500 mil novos casos da doença em suas variações, e entre eles está o câncer de intestino, um vilão para o país.
Dados do INCA apontam que no Brasil o câncer de intestino é o terceiro mais incidente entre os homens, e o segundo entre as mulheres, além de ser o quinto tipo de câncer que mais mata no país. As regiões Sul e Sudeste concentram quase 50% de todos os casos de câncer de intestino registradas no Brasil, um dado alarmante que pode ser revertido com prevenção e busca por diagnostico precoce. Embora não haja qualquer verdade absoluta sobre as causas da doença, as pesquisas indicam que a má alimentação é um fator considerável para o aparecimento do câncer de intestino.
Consumir alimentos naturais ai invés de industrializados, é o primeiro passo da prevenção. As frutas, verduras, legumes e carnes brancas devem ser prioridade nas refeições, e sempre em quantidades adequadas. Já frituras, gorduras, alimentos embutidos e defumados recomenda-se manter fora de uma dieta preventiva e saudável para o organismo. O excesso de bebidas alcoólicas, o cigarro, e o alto consumo de sal também devem ser evitados.
Outras atitudes como não ficar longos períodos de jejum, a ingestão de dois a três litros de água por dia, a boa mastigação dos alimentos, a prática de atividades físicas regulares podem evitar que os índices de câncer de intestino no Brasil continuem tão altos. Além disso, visitas periódicas ao médico que, poderá identificar sintomas e solicitar exames complementares e encaminhar a um especialista da área, é uma atitude essencial para o diagnostico precoce e a busca mais eficaz pela qualidade do paciente com o diagnóstico de câncer de intestino.
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