Saiba como executar um bom projeto luminotécnico com LED

Os projetos luminotécnicos devem favorecer alguns requisitos, principalmente em residências, como conforto e intensidade de luz

Os requisitos fundamentais para se definir a iluminação em uma residência, segundo o Engenheiro Eletricista e Engenheiro de Segurança no Trabalho da Taschibra, Alberto Mertens Júnios, são: o conforto, o nível de iluminância e o tipo de iluminação.  O conforto leva em consideração a temperatura de cor, ou seja, se a luz é mais amarela ou mais branca. De um modo geral, a luz mais amarela (quente – 2700K à 3500K) proporciona a sensação de relaxamento, o que é ideal para os quartos, salas e ambientes afins, já a luz branca (fria – 5000K à 6500K) é ideal para ambientes onde executam-se atividades que requerem atenção, como áreas de serviço, garagens, escritórios e cozinhas. Existe ainda uma temperatura de cor intermediária (morna – 4000K à 5000K), chamadas de conforto, para ambientes gerais ou para aqueles que não gostam da luz muito amarela ou muito branca.

O nível de iluminância é quantidade de luz distribuída por metro quadrado e é medida em lux, ou seja, é quanto o ambiente está iluminado. Para ambientes descontraídos e de relaxamento requer-se menos lux, e para ambientes onde são desenvolvidas atividades que necessitam atenção requer-se mais lux.

O último fator é o tipo de iluminação, se ela é direta, dirigida ou indireta. As luminárias tem efeito decorativo e também de eficiência, permitindo que a perda seja mínima e que a luz da lâmpada seja totalmente dirigida ao ambiente. Existem luminárias com difusores onde o objetivo é espalhar de forma homogênea o fluxo da lâmpada e evitar o ofuscamento (sensação de incômodo quando olha-se diretamente para uma fonte de luz, como o sol por exemplo). Existem luminárias com aletas que possuem o mesmo objetivo e as luminárias sem nenhum anteparo que direcionam o fluxo diretamente para o ambiente. Os difusores e aletas melhoram a distribuição e evitam o ofuscamento, porém aumentam as perdas das luminárias e devem ser utilizadas de forma coerente em ambientes onde é necessária a atenção e concentração, como por exemplo salas de estudo e cozinhas. A iluminação indireta é aquela que antes de se espalhar no ambiente é desviada por algum anteparo, que pode ser a própria luminária ou então as famosas sancas. A iluminação dirigida é aquela que está focada em algum ponto onde se queira dar destaque como quadros, plantas e peças de decoração.

Potência x Lúmens

Com o LED não falamos mais em potência, precisamos falar em lúmens, pois existem LEDs de maior e menor eficiência. A quantidade de lúmens é definida pelo tamanho e tipo do ambiente. De um modo geral, lâmpadas entre 500 e 1600 lúmens são ideais para residências, sendo que as entre 700 e 1100 lúmens são as mais utilizadas. Uma lâmpada ideal é aquela que possui eficiência superior a 90 lúmens por W, ou seja, que a cada 1W emitem um fluxo de 90 lúmens, ou mais.

Definindo pontos de luz

A definição de pontos de luz depende do tamanho e tipo do ambiente, além da estética e gosto do cliente.  É possível ter uma luminária muito potente ou 4 luminárias com o quarto da potência da primeira. Se o ambiente for maior, do ponto de vista técnico, o ideal seria a distribuição em 4 pontos, já que a luz seria melhor distribuída, evitando a sua concentração no centro e a sua redução, a medida que se aproxima das paredes. Sendo assim, o que irá definir a escolha é a coerência do engenheiro ou técnico responsável pelo projeto, que deverá buscar o melhor custo e benefício com o seu cliente.

Como calcular o custo x benefício de um projeto usando LED comparado a outro que use lâmpadas econômicas

O cálculo leva em consideração a potência das lâmpadas, o tempo de utilização no mês e custo da energia (kW/h). Por exemplo em uma residência que utiliza lâmpadas compactas fluorescentes de 20W e dicróicas de 50W e a iluminação é utilizada 6 horas por dia durante 30 dias no mês e a um custo de R$ 0,90 kW/h, o consumidor pagaria:

(((40 x 20) x 6) + ((20 x 50) x 2)) x 30   x 0,90  = R$ 183,60

1000

Se substituir pelas lâmpadas comuns de LED com 900 lúmens e 9W e as dicróicas halógenas pelas dicróicas led de 6W teremos

(((40 x 9) x 6) + ((20 x 6) x 2)) x 30 x 0,90 = R$ 64,80

1000

A diferença na conta de energia é de R$ 118,80 por mês e R$ 1.425,60 por ano e o retorno de investimento seria em menos de 1 ano (em torno de 10 meses).

Para Alberto Mertens Júnios, o LED é uma realidade e não terá volta. “O preço da lâmpada LED ainda é superior ao de uma lâmpada halógena ou mesmo da fluorescente compacta, porém a economia que ela proporciona compensa o investimento. Outro fator é a vida útil, enquanto falamos de 1.000 a 1.500 horas para uma halógena e de 6.000 horas para uma fluorescente, o Led tem vida útil média de 25.000 horas, o que não significa que queimará depois disto, podendo durar ainda muitos anos, porém emitindo menos fluxo luminoso”.

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