Home office e trabalho freelancer: O que são e quando se aplicam?

Devido ao isolamento social, necessário na tentativa de diminuir a propagação do coronavírus, o home office (ou trabalho remoto) esteve entre as principais pautas das últimas semanas. Mesmo sendo um conceito cada vez mais difundido – e já utilizado por empresas de diversos setores e tamanhos -, muita gente acabou confundindo home office com trabalho freelancer. Embora sejam coisas bastante diferentes, o equívoco tem sido recorrente. Para pôr fim à dúvida, trataremos dessas questões a seguir. 

No Brasil, o contrato de trabalho via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mais formal, registrado na Carteira de Trabalho e, pelo qual, empregado e empregador estão sujeitos a inúmeras regras. Há, ainda, uma série de benefícios assegurados por lei a cada uma das partes, ainda é o mais desejado pela maioria dos trabalhadores. No entanto, outras formas de relações de trabalho vêm ganhando cada vez mais espaço, como os que envolvem a formação de pessoa jurídica pelo prestador de serviço, geralmente MEI (Microempreendedor Individual). 

Nesses casos, a relação de trabalho pode se dar por tempo determinado ou indeterminado, ou por jornadas. Por exemplo, um profissional de produção de conteúdo pode ser contratado por seis meses ou para fazer uma revista. Esse formato de trabalho tem sido adotado por empresas e profissionais mais jovens, que preferem a liberdade da escolha de trabalho e de horários, e não veem vantagem em ter vínculo exclusivo com um empregador.

O que é trabalho freelancer?

O trabalho freelancer tende a ser mais dinâmico, por permitir variar a rotina, alterando, inclusive, o local de onde se trabalha, que pode ser tanto na empresa tomadora do serviço, em coworkings (espaços com estrutura de escritório compartilhados por profissionais autônomos e por pequenas empresas, que alugam salas ou mesas por períodos, dias ou meses), em casa (home office), em cafés, bibliotecas ou outros ambientes.

Profissionais que optam por trabalhar freelancer destacam algumas vantagens, por exemplo:

– Flexibilidade de horários;

– Melhor gestão do tempo;

– Flexibilidade de local de trabalho (que inclui possibilidade de viagens);

– Mais autonomia na escolha das tarefas;

– Maior controle das interrupções;

– Versatilidade de funções;

– Networking.

O que é home office?

De acordo com a tradução, home office é um “escritório em casa”, e não tem, necessariamente, a ver com o tipo de vínculo empregatício nem com o trabalho realizado. É possível trabalhar em regime de home office sendo freelancer; sendo funcionário com contrato CLT em uma empresa que utiliza esse sistema de maneira integral ou esporádica; ou, ainda, tendo uma empresa home based (cuja sede funciona na residência do empresário). Basicamente, para se trabalhar em sistema home office, basta ter os equipamentos necessários para a realização das tarefas (computador, telefone e acesso à internet), além de disciplina e proatividade.

[Leia mais: Como manter produtividade no trabalho home office: Dicas para não perder o foco e a saúde mental durante a quarentena]

Se pensarmos historicamente, o home office é uma espécie de atualização dos negócios familiares, que existem desde a Idade Média, como pequenos comércios, oficinas e pequenas fábricas caseiras. Na era da informação e da tecnologia, o formato foi adaptado às atividades mais atuais, por isso, é bastante comum que profissionais de áreas como comunicação, programação e TI trabalhem home office pelo menos em alguns dias da semana. Segundo um levantamento realizado em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado em dezembro de 2019, 3,8 milhões de brasileiros trabalhavam em home office em 2018, o correspondente a 5,2% do total de trabalhadores ocupados no país naquele ano (excluindo trabalhadores do setor público e trabalhadores domésticos). Em comparação com 2012, quando a pesquisa do IBGE começou a ser realizada, a alta foi de 44,4%.

A flexibilização das leis trabalhistas vem contribuindo ainda mais para esse crescimento e, somado ao desejo de liberdade e autonomia das novas gerações, a aposta de consultores de recursos humanos é que esses números cresçam exponencialmente em uma década. Somada a isso, a experiência – muitas vezes positiva – do trabalho remoto, adotado por inúmeras empresas e trabalhadores durante o isolamento social em razão do covid-19, deve impulsionar ainda mais os números de trabalhadores em home office nos próximos anos.

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