Turismo de eventos é desafio em SC

Vivemos em um Estado com enorme potencial, mas que ainda precisa explorar de modo mais eficiente estas competências. Exemplo disto é a atenção que o turismo de eventos tem recebido. Legislações que não contemplam as necessidades do setor e infraestrutura inadequada são fatores que impedem o crescimento desta área tão promissora para a economia catarinense.

Trata-se, a meu ver, de uma via de mão dupla. Mesmo com as dificuldades econômicas e políticas pelas quais o país atravessa nos últimos tempos, temos conseguido retomar o crescimento no CentroSul, um dos principais centros de convenções de Santa Catarina. Tivemos um incremento de 12% em relação ao ano passado, com a assinatura de importantes contratos que, sem dúvida, movimentarão restaurantes, hotéis e diversos outros setores de Florianópolis. Isto se deve, em parte, a implantação de um novo sistema de acústica e do conceito boutique, este em fase de finalização, mas este esforço não pode ser o único.

Cabe aos poderes executivo e legislativo tomarem decisões que fomentem o crescimento e contribuam para atrair grandes projetos. Enquanto não houver, por exemplo, infraestrutura adequada, com oferta de voos diretos saindo de Florianópolis para as principais cidades, aeroporto com porte adequado para receber aos turistas e a mobilidade da cidade continuar figurando entre as piores do país, será difícil atingirmos todo nosso potencial.

Além disto, a Lei 366/2015 é outro grande entrave. Construída sem ouvir todos os segmentos que atinge, ela impede expositores que não possuam empresa cadastrada em Santa Catarina de comercializar produtos. Um empecilho aos grandes congressos.

É preciso valorizar o turismo de eventos, afinal a atividade contribui expressivamente para o aquecimento da economia no período entre março e dezembro, quando acaba a temporada de verão. Nesse sentido, reitero: este deve ser um esforço fruto de união e planejamento.

Creio que estamos vivendo um momento de escolhas. Temos todas as condições de nos tornarmos um Estado pioneiro, maior do que somos, mas precisamos acreditar e, acima de tudo, pensar e agir para alcançar este objetivo.

Leonardo Vieira, Diretor Comercial do CentroSul.