Recuperação judicial, processo complexo que gera dúvidas e desconfortos

Considerados por muitos como sinônimo de falência, processo auxilia na superação de crise em empresas e empreendimentos

O desconhecimento é um dos principais fatores que levam as empresas nacionais à falência. Antes de declarada a falência, as empresas podem recorrer à recuperação judicial. Apesar da complexidade do processo, o mesmo pode ser uma ótima saída para as instituições, auxiliando na superação da crise financeira com base na manutenção da fonte produtora, preservação da empresa e da função social, e ainda garantindo os interesses dos credores.

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário (IBDConB), Dr. Luciano Duarte Peres, para entrar com o processo são necessários alguns cuidados e avaliações. “A recuperação judicial deve ser um estratégia muito bem pensada com o auxilio de um advogado especialista e após criteriosa análise da estrutura da empresa. Como é uma prática arriscada, toda cautela é essencial”, alerta o especialista em direito bancário.

Com prazos e estratégias redefinidas, o devedor tem a chance renegociar com os credores e apresentar um plano de recuperação que, efetivamente, possa ser cumprido e evitando sua falência.

Preocupação dos colaboradores

Os funcionários de uma empresa são também a base da recuperação, eles devem ser conscientizados em caso de conhecimento do processo para que não haja desgaste com a preocupação constante de demissão. “A preparação desses colaboradores deve ser parte desse processo. Um funcionário apreensivo com a situação de seu trabalho pode ser prejudicial para que a fonte produtora seja realmente mantida”, explica Peres.

Dr. Luciano Duarte Peres

Sócio e diretor da Peres Advogados Associados S/S e presidente do IBDConB, Dr. Luciano Duarte Peres é um dos principais especialistas em Direito Bancário do país. O advogado é autor do livro “A verdade sobre os juros nos contratos bancário” e organizador da Coletânea de Direito Bancário.