Economia não está em recessão?

Segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega a economia brasileira não está parada e não está em recessão, essa afirmação se deu depois de ver que a produção industrial, que avanço 0,7% em julho, porém depois de cinco meses seguidos de retração.

A economia brasileira andou a passos de formiga no primeiro semestre de 2014, isso se comprova com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísca (IBGE), divulgados na última semana relacionados com o PIB – Produto Interno Bruto brasileiro, que teve uma retração de 0,6% no segundo trimestre de 2014. Nos três primeiros meses do ano, houve uma contração de 0,2%. Ou seja, são dois trimestres consecutivos de resultados negativos, considerado pelos economistas como “recessão técnica”. A intenção é que no segundo semestre as coisas melhorem gradualmente, já que segundo o ministro esse resultado da produção industrial de julho veio bem.

A desaceleração da economia também tem afetado outros setores. O crédito bancário, por exemplo, a previsão de aumento está caindo. No fim de junho O Banco Central baixou de 13 para 12%, enquanto no ano passado os empréstimos dos bancos avançaram 14,6%. Já em 2010 o crescimento foi de 20,6%, passando para 18,8% em 2011 e em 2012 para 16,4%.

Alterações também nas áreas de crédito para carros, que segundo o Banco Central os empréstimos para compras de veículos por pessoas físicas registraram queda de 3,2%. O saldo de operações em mercado que estava em R$ 192,7 bilhões em dezembro de 2013, até junho desse ano recuou para R$ 186,5 bilhões.

Todos esses dados negativos mostram que a nossa economia passa por recessão sim e que a curto prazo não existe uma melhora significativa. O mercado hoje está sentindo todas essas quedas e o brasileiro sentirá cada vez mais no bolso os ajustes para uma possível estabilidade. Mas a realidade é incompreensível na medida em que o volume de capital estrangeiro ávido por mercados emergenciais, tal como o Brasil, é imenso. Todavia o Poder Público ainda não foca sua atuação de maneira mais enfática em relação aos investimentos em infraestrutura interna e o estabelecimento de regras para esses investidores atuarem no Brasil. A insegurança jurídica e a falta de estradas, portos, aeroportos, entre outros instrumentos, são fatores negativos que afastam ainda mais esses investimentos, trazendo reflexos aos diversos segmentos da sociedade e levam o país à recessão.

* Dr. Luciano Duarte Peres é especialista em direito financeiro e presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Bancário

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