Calor impacta na venda de condicionadores de ar

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Há quem foi beneficiado pela onda de calor que estacionou no Sul do país nos últimos dias de 2013, e obrigou o Serviço Meteorológico Nacional da Argentina a emitir um raríssimo alerta vermelho para cidades próximas da fronteira com o Brasil, como Buenos Aires e Rosário. Com termômetros que marcaram mais de 40ºC em várias cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a sensação térmica superior a 45ºC somente é alivida com a ajuda de ventiladores e condicionadores de ar. O resultado é o vertiginoso aumento na venda de tais itens no comércio, a redução dos estoques em lojas e sites, e o crescimento inesperado na produção nacional do setor, que concentra suas fábricas em Manaus.

No início deste mês, o polêmico e controvérso ranking feito pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), com base em informações colhidas por 4.232 estações em todo o mundo acessadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), informou que nove estações meteorológicas que apresentavam as maiores temperaturas estavam no Brasil. Fato é que municípios como Joinville e Blumenau, em Santa Catarina, e Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, marcaram mais de 42º em menos de um mês da chegada oficial do verão.

Embora não haja números oficiais, lojistas garantem que, em relação ao verão passado, houve aumento de 30% na venda dos produtos que ajudam a amenizar os efeitos das altas temperaturas. Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) aponta que 13% das 57 milhões de residências brasileiras possuem condicionador de ar. A Komeco, considerada a maior fabricante brasileira de condicionadores de ar, informou que sempre há aumento na produção no período que antecede o verão.

A empresa produz os aparelhos em Manaus e tem sede e fábrica de aquecedores solares na Grande Florianópolis. Para conter a demanda nacional na alta temporada de calor, a Komeco investiu na produção com capital e tecnologia 100% nacional. “Sabemos que os consumidores fazem sua escolha pelo preço. Atualmente, conseguimos atender a necessidade do consumidor final, mantendo um valor competitivo com itens de qualidade. Nossa previsão é de chegar a 500 mil itens vendidos, aumentando o faturamento em 90%”, afirma o presidente da empresa, Denisson Moura de Freitas. O crescimento na demanda por condicionadores de ar fará a empresa catarinense expandir em 50% a capacidade de sua fábrica no norte do país.

Os condicionadores de ar modelo split de 9 mil BTUs e 12 mil BTUs, que contém a tecnologia “inverter”, atendem a necessidade de consumo eficiente e são os mais procurados pelos consumidores que estão em busca de preço acessível e tecnologia superior. A procura por climatizadores e purificadores como opção de refrigeração também é grande. No segundo semestre deste ano, uma linha de condicionadores de ar com tecnologia ecológica, que reduz o consumo de energia, será lançada visando o próximo verão.

Qualificação

A procura por técnicos de refrigeração especializados pela manutenção desses equipamentos dobrou quando comparada aos meses menos quentes. Para auxiliar os profissionais na manutenção correta dos equipamentos, a Komeco disponibiliza aos técnicos credenciados um guia prático em formato de revista com orientações detalhadas para instalação dos seus condicionadores de ar, além de outras dicas para o dia a dia do trabalho. Também destaca o funcionamento do suporte ao técnico pelo qual os instaladores podem tirar dúvidas. Segundo o coordenador de Marketing da empresa, Gabriel Lebarbenchon, a agilidade e a eficiência do profissional nesta época do ano garante o perfeito funcionamento do aparelho e a satisfação do consumidor.