“As crises passam, a vida é cíclica”, diz Ricardo Amorim

Nos últimos 15 anos, de cada dólar gerado na economia mundial, 73 centavos provêm de países emergentes. O Brasil, garante o economista Ricardo Amorim, não está fora desse cenário. “As crises passam, a vida é cíclica”, afirmou para a seleta plateia de convidados da Unicred e da Gazeta do Povo reunida na manhã desta terça-feira (11/10), em Curitiba, para ouvi-lo falar sobre finanças e investimentos.

Com base na análise de dados econômicos de 180 países, Amorim diz que os ciclos – tanto positivos quanto negativos – duram de três a oito anos. “Não há como prever o que vai acontecer com um investimento em particular. Mas uma informação-chave pode ser antecipada: a noção sobre o ciclo em que estamos”, afirmou.

Além de ter presente qual é a perspectiva de mercado e de analisar o prazo de investimentos, Amorim recomenda que o investidor conheça seu próprio perfil. “Uma coisa é certa, os investimentos terão zigs e zags. Além de prazo é preciso frieza, para não sair no pior momento de investimentos de risco, em que as oscilações são maiores”, recomendou.

Inflexão

Com gráficos comparativos do desempenho da economia nas últimas décadas, Amorim mostrou que estamos chegando ao fim de um ciclo ruim. “O impeachment foi o início da virada. Agora nem é preciso que Temer acerte em tudo, basta que não erre em tudo para que a economia brasileira entre em expansão”, estimou, confiando também no imenso potencial agrícola do Brasil, que tem 40% das terras cultiváveis do mundo. “Descontada a Amazônia, o território brasileiro soma a área de 33 países europeus e isso é valioso num mundo em que cada vez mais países aumentam sua proporção de cidadãos na classe média”, pontuou.

Segundo o economista nos últimos 115 anos o mínimo que o Brasil cresceu após uma longa depressão foi 6% em ciclos de pelo menos seis anos. “Quando exatamente? Não dá para prever. Mas essa é a hora. Quando todos estiverem celebrando um investimento, o momento já terá passado. A oportunidade surge para quem vê com antecipação”, ensinou.

Para Amorim, o cenário nacional é favorável e só não pode ser visto com mais otimismo em face de uma iminente bolha imobiliária na Ásia, do encolhimento da economia dos EUA e das dificuldades da Europa. Para os que buscam investimentos, ele deixou um conselho que se aplica a qualquer cenário: “O medo é um bom indicador. Se olhamos um investimento e temos medo, podemos ter certeza de que há oportunidade. Corram dos investimentos que prometem lucro fácil e sem sobressaltos”, aconselhou.

Crédito: Assessoria Contenido

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